por Daniel André Teixeira'

Viena

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Era um manto branco que dava a cor à cidade enquanto o vento espalhava o frio de Inverno.

Entre as ocupadas e preenchidas ruas naquela sempre mágica quadra lá se via o quente que emanava dos Glühwein e dos Orangenpunsch que os cafés serviam para aquecer corpo e coração doa transeuntes. Havia o rodopio normal no Sacher entre saídas e entradas a contrastar com a calmaria e aparente tranquilidade de um sempre clássico Café Mozart.

Nem mesmo a temperatura quase negativa tira o brilho singelo de Viena.
A neve que a veste só lhe dá mais encanto e veste paisagens entre o pitoresco e o moderno que a cidade impõe. Lá se aventuram os fotógrafos para uma foto digna de postal, aquela que melhor vai representar aquelas horas de caminhada ao frio. Seja nos jardins, seja no poder histórico ou até mesmo para se perderem nos mercados de Natal. Tudo vai dando a sua pitada de sabor e interesse em cada esquina da cidade. Quando a noite cai lá se vão vendo alguns burgueses vestidos a rigor para verem a arte ser criada na Ópera de Viena e assim fugirem também à noite fria enquanto se deixam levar pelo espectáculo.

Viena, como quem chama o Natal até si, assim permanece com o seu charme entre o poder do Inverno que se abate sobre ela. Consegue ser beleza entre o vendaval, cor reluzente entre o branco que cai.



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