por Daniel André Teixeira'

Selvagem

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Solitário, mas inteligente.
Belo com a dose certa de ferocidade.

Pelos trilhos dos vales, entre chuva e dias onde o sol impera ele caça solenemente.
Olhar nocturno e audição sempre hábil, capazes de fazer do caminho o seu destino.

É senhor do seu mundo, conquistando presas e passadas enquanto os anos lhe deixam algumas cicatrizes. Não o vemos queixar, é orgulhoso ao ponto de lamber as feridas em silêncio pronto para mais caçadas e deixar clara a sua marca.

Perante a polivalência do mundo ele continua a ser camaleónico e com a força de querer dominar cada sistema. Ágil, rápido, capaz e com uma investida digna de topo de cadeia alimentar. Um monstro dentro da beleza de quem o contempla.

Por entre a dentada sem piedade de quem protege e o orgulho que faz dele solitário por legado há o carinho pelas crias, sangue do seu sangue, onde rapidamente passa a lição da vida que estes jovens predadores têm pela frente.


 Na selva é dos predadores que rezam os maiores legados. A prova que algo selvagem, fixado nos seus princípios, pode conjugar em si a formosura e a fera enquanto cria as suas pisadas. Sozinho e indomesticado, como só ele sabe ser.

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