por Daniel André Teixeira'

Lua Cheia

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Conto as vezes em que levanto a cabeça numa noite estrelada e fazes questão de te mostrar com o teu esplendor único.

Em cada passeio, em cada corrida nocturna teimas em ser a companhia que não precisou de convite. Ainda que camuflada por nuvens que pairam no teu território o teu brilho faz com que a mensagem seja clara: estás atenta.

Já dei por mim, depois de quilómetros percorridos, sentado a recuperar o fôlego em noites frias a contemplar-te. Nunca pensei muito no que podias significar mas acredito que o teu maior propósito seja acalmar e inspirar aqueles que precisam. Uns olham para ti e vêem a inspiração para um texto ou dedicatória, outros vêem-te como a oportunidade certa para uma fotografia … bem, e há aqueles que dão por ti em momentos de desespero, cansaço e à procura de respostas.

Não sou de simbolismos, mas há quem se reine por ti, nos teus poderes e vertentes. És paisagem bela nos céus, passível de ser elogiada e apetecível para muitos, como uma mulher utópica que passa pela nossa vida mas que nos é inatingível por muito que queiramos que nos seja próxima.

Por mim podes continuar a ser a vigilante silenciosa por cima das nossas cabeças e com lugar privilegiado para nos ver. Eu prometo-te procurar nas noites estreladas para perceber o que me podes dar naquele momento.

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