Não
podemos continuar assim, não alastremos mais uma mentira que nem consegue ser
bem contada para poder soar a verdade.
Tentamos.
Eu fiz tudo para olhar para ti e ver o melhor de mim e quero acreditar que
deste voltas à tua cabeça para te mentalizares que eu era aquele que tu sempre
quiseste contigo. Mas não é assim. Todos os sonhos que criamos, toda a imagem
que tínhamos, tudo desvaneceu no tempo e nas incertezas que fomos amealhando. É
complicado ter de olhar nos olhos de alguém que víamos como única e nossa e não
ter a mesma empatia, o mesmo querer … o mesmo amor, como tu o defines.
Eras
tu. O que eu precisava, quem eu mais queria. Era assim que pensava todos os
dias. Mas depois de tudo vejo que não é justo estarmos a alongar a situação que
só nos traz tristeza e nos prende a uma realidade que não existe. Já não és
minha, nem eu sou teu. “É o destino, não estava escrito”, seja qual for o cliché
que quisermos usar pouco vale para cobrir o momento que tem de chegar.
Dou
assim o primeiro passo. Até o mundo parece mais triste, ou não fosse a chuva
que reina lá fora a compactuar com os meus sentimentos. Mas não façamos disto uma façanha de Hollywood, com drama. É pelo melhor, porque
mereces ser feliz daquele modo que eu vi quando nos conhecemos. Eu saio para
aprender, para perceber o que pode ser melhorado. Quem sabe se o Mundo não gira
e te volto a ver. Agora o mais importante é sair.
Por
isso saio com o que é meu, mas deixo um pedaço meu contigo, nem que seja uma
singela memória. Enfrentemos então agora a tempestade que se faz la fora, cada
um com o seu abrigo. Até um dia minha princesa.
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