Eles
“andem” aí e não há como contornar (a sério, as vezes param em grupos e para os
passar à frente é uma complicação). A febre do Pokemon Go atingiu Portugal em
força. É praticamente impossível andarmos uns bons metros ou andar em transportes
públicos e não vermos alguém a procurar um Pigeon ou um Charmander que de
repente o GPS do telemóvel acciona.
A
seguir dou alguns ContraPontos sobre o que o Pokemon Go traz para a nossa
sociedade e algumas destas dicas até podem dar o seu jeito. Portanto, a saber:
-
Com a chegada do Pokemon Go aos telemóveis
os pervertidos passam mais despercebidos. Agora há mais gente a olhar
atentamente para um ecrã de telemóvel sem que se esteja a ver o Tinder, ainda
que em ambos os casos se procurem muito as Pokebolas ….
- “Pokemon GO: Agora podes apanha-los todos”.
Parece o lema de uma rapariga na noite.
- ·
O Pokemon Go promove ao seu estilo que
aqueles familiares gordos surpreendam a malta e saiam por iniciativa própria da
cadeira do quarto. Desta vez é para tentar apanhar um Caterpie e não para ir ao
supermercado comprar batatas e RedBull para enfardar.
- ·
O jogo consiste em, quem tem a app, possa
ver algo imaginário a capturar mas que aparece no cenário real. É como ser
sportinguista e falar dos mais recentes títulos, só eles é que vêm para dar importância.
- ·
Com o Pokemon Go tanto homens como mulheres
ganharam trunfos no que toca a gerir uma relação. No que toca aos homens surge
o “Amor, vou com a malta para as Galerias de Paris para apanhar Pokemons” ou “Cheguei
tarde porque o Fonseca viu que havia um Ratata num bar”. Para as mulheres fica
o “Se soubesse tinha escolhido como namorado um Pokemon que soubesse evoluir”
ou “És mesmo um Snorlax! Uma pessoa pensa que é fofinho mas não serve para nada”.
- ·
O objectivo deste jogo é capturar,
evoluir e vencer outros em desafios. Ou seja, é uma relação mas com uma app em
vez de ser com uma pessoa com a benesse de poder desligar o telemóvel e poder
procurar noutro lado o mesmo Pokemon.
- ·
Apesar de ser recente já se fazem
meetings de jogadores de Pokemon Go. Concentração de Motards? Isso é para
meninos. Se não houver um Boulbasour envolvido nem te podes chamar de “badass”
agora.
- ·
Há dois meses se saísses de casa e dissesses
“Mãe, vou para a rua apanhar Pokemons” era logo internado. Pensa na sorte que
tens agora jovem. (se bem que se não explicares bem aos teus pais não te deves
safar ao internamento e dentro de paredes almofadas não devem aparecer muitos
pokemons).
- ·
Com o Pokemon Go ganhas a oportunidade de
apanhares pokemons raros em locais pouco prováveis como na auto-estrada. Ganha logo
outro calibre se o tentares fazer enquanto conduzes enquanto olhas para o telemóvel.
Aí ganhas um Metwo e um traumatismo craniano depois de te espetares.
- ·
Se o teu momento alto é quando apanhares
um Pikachu e quereres entrar em histerismo entre amigos em pleno sitio público pelo feito conseguido, pensa bem no
ContraPonto nº 8. É que vai ser certinho.
- ·
Com isto do Pokemon Go devia ser criada
uma lei que nos permitisse poder agredir fisicamente com um ferro qualquer
grupo de malta jovem que, por sem motivo aparente, de repente pára para apanhar
um Pokemon. O mundo, e as pessoas com vida fora de uma app, agradeciam.
- ·
Aguardo com alguma ansiedade que algum
iluminado use isto dos Pokemons para tentar frases de engate, numa de utilizar
a “trend”. Por isso espero pelos “oh jeitosa, metia-te nas minhas pokebolas que
era um mimo” ou por “deves ser do tipo eléctrico, porque contigo fazia logo faísca!!”.
E
assim termino o meu ContraPonto sobre toda esta moda que é os Pokemons. No
decorrer da criação deste texto é coisa para já teres apanhado 3 ou 4 e ainda
ter encontrado um ginásio para evoluir um Jigglypuff.
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