por Daniel André Teixeira'

Desliga

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E se pudesses desligar a máquina que és?
Dar um tempo sem que tocasses no ritmo, na rotina, nas decisões e imperfeições da tua vida. Uma pausa na tua realidade.

Com o toque num botão podias parar o tempo, respirar e procurar a solução. O mundo parava de girar, hibernavas para poderes trocar o choro por um sorriso, a travessia no deserto por um “walking on sunshine”. Já não tinhas a aflição de uma rotina e passavas a ter o silêncio para reflectir as acções que deixam a cabeça em indefinições constantes.
Tinhas a oportunidade de poderes dar descanso ao teu poderio neste Mundo. Desligavas a torre que alimenta tudo o que és e recarregavas a energia que destilas e que faz de ti algo único em cada acontecimento.

No entanto não existe este escape. Não estamos feitos para essas pausas no tempo. Por isso desligamos de outro modo, de forma mais intimista. Saímos do Mundo sem nunca o abandonar, seja nas quatro paredes do nosso quarto, seja nas horas que passamos com os amigos e que parecem algo à parte, naqueles momentos a dois que congelam o tempo, nas viagens que fazes questão de fazer ou até mesmo quando dás tudo o que tens nos teus hobbies.

É importante que desligues a máquina. Para não a sobrecarregar, para que ela não sobreaqueça, te faça falhar ou tornar-te mais lento. Para que também possas respirar e para que o mundo veja sempre uma versão mais pronta de ti, mais eficaz, mais fiel ao que podes dar ao Mundo.


Desliga-te, para que sejas ainda melhor quando te voltares a ligar.

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