Podiam ser o Bond e a Cinderela dos tempos modernos.
Naquela noite ele sai armado com um fato digno dos filmes que faz suspirar qualquer mulher, ela desfilava com um vestido que deslumbrava cada homem que a contemplava.
Naquela noite ele sai armado com um fato digno dos filmes que faz suspirar qualquer mulher, ela desfilava com um vestido que deslumbrava cada homem que a contemplava.
Podia
ser como uma qualquer noite de engate, de saída fácil, de sedução redutora de
sentimentalismos em redor de um bom copo nocturno. Mas não, ali seria
diferente. Ele não ia ser o engatatão e ela a princesa deslumbrada facilmente.
O
momento era deles, o toque e a simplicidade fariam o resto. Por debaixo do
vestido caro ou da gravata com um nó Winchester bem tratada estava o querer de
algo que perdurasse mais do que durante um simples momento. Olhares trocados,
distancias encurtadas, o ambiente pedia que palavras fossem trocadas.
Ele
ensaiava na cabeça como começar, ela já antecipava uma resposta ao discurso de
engate que pudesse aparecer. Eis que surge o momento: a mão revestida pelo
relógio caro sai da frente da boca e com um passo rebelde aproxima-se e
sussurra-lhe ao ouvido. Só eles sabem o que foi dito, mas fez com que ela
sorrisse. As horas avançavam e eles teimavam em prolongar o momento. Ambos
sabiam que aquilo era muito mais do que um encontro fortuito.
Entre
a classe da vestimenta e o apertar das mãos dada saiu a frase vinda dele,
totalmente rendido: “conquistarei o mundo com uma mão, desde que estejas a
segurar a outra”. O abraço que se seguiu no varandim era a melhor resposta, mas
o tempo escasseava e a noite tinha um fim. E
aí, à imagem da personagem dos livros infantis, ela não deixou um sapato mas
sim uma frase ao som das badaladas. “Tu completas-me”.
Nem tudo tem de ser como um conto daqueles que ouvimos
desde sempre, mas cabe a cada um de nós procurar a história que vai valer a
pena escrevermos. Liricamente ou não, todos procuramos um Bond ou até mesmo uma
Cinderela
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