És
a contadora de histórias incessante num momento sagrado de silêncio.
A
linhagem de memórias e previsões que perturbam a mente.
A
companhia indesejada quando a fadiga é o que mais acusa em nós.
Filme
interrupto que teima em não parar mesmo sem ter tela fértil para te exibires,
sinfonia irritante que toca em loop enquanto não encontramos o conforto de
olhos fechado.
És
missão espinhosa para os bravos de consciência, és o pior pesadelo para quem
pensa em demasia. Visita pouco aconchegadora para aqueles que precisam de tranquilizar a alma.
Contigo
entramos num caminho onde tu lideras, onde nos expões aos nossos receios,
pontos fracos e pensamentos que corroem e entristecem, logo num momento de
maior fragilidade e enquanto procuramos calma. Tu, perante tal poder, és
espectadora que deixa prolongar o desconforto por horas, abandonando muitos com
os seus olhos abertos e de espírito ferido.
Andarás
sempre por aí, perto dos nossos sonhos, amaldiçoando o nosso repouso. A nós
comuns mortais resta conviver contigo a pairar sobre algumas noites, com a
esperança que serás apenas temporária e efémera, como deves ser.
0 comentários:
Enviar um comentário