Conto
as vezes em que levanto a cabeça numa noite estrelada e fazes questão de te
mostrar com o teu esplendor único.
Em
cada passeio, em cada corrida nocturna teimas em ser a companhia que não
precisou de convite. Ainda que camuflada por nuvens que pairam no teu
território o teu brilho faz com que a mensagem seja clara: estás atenta.
Já
dei por mim, depois de quilómetros percorridos, sentado a recuperar o fôlego em
noites frias a contemplar-te. Nunca pensei muito no que podias significar mas
acredito que o teu maior propósito seja acalmar e inspirar aqueles que
precisam. Uns olham para ti e vêem a inspiração para um texto ou dedicatória,
outros vêem-te como a oportunidade certa para uma fotografia … bem, e há
aqueles que dão por ti em momentos de desespero, cansaço e à procura de
respostas.
Não
sou de simbolismos, mas há quem se reine por ti, nos teus poderes e vertentes.
És paisagem bela nos céus, passível de ser elogiada e apetecível para muitos,
como uma mulher utópica que passa pela nossa vida mas que nos é inatingível por
muito que queiramos que nos seja próxima.
Por mim podes continuar a ser a vigilante silenciosa
por cima das nossas cabeças e com lugar privilegiado para nos ver. Eu prometo-te
procurar nas noites estreladas para perceber o que me podes dar naquele
momento.
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